Faça seu melhor independente do grau de importância do que se tem a fazer.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Parábola da Lagosta

Em algum lugar do globo uma ilha, vistosa, águas claras, frutas, cavernas naturais, um lugar plenamente habitável. Certa vez um náufrago ali viveu. A curiosidade do conto é que por muito tempo quase que com datas certas o mar trazia para a costa lagostas frescas, um pouco tontas, mas vivas e saborosíssimas. Mesmo tendo alimentação de sobra, as lagostas já eram esperadas pelo morador abastado. Ele preparava banquetes só para ele, mas o fazia somente nas épocas da maré bem vinda.
Certo dia aparece na costa uma única lagosta, sinal de que era a maré bem vinda se fazendo presente por mais uma vez. O náufrago então pegou aquela lagosta e já foi antecipando e preparando os demais pratos, ansioso pelo banquete que se aproximava. Preparou tudo, peixes, ostras, sobremesa de coco, e tudo que aquela ocasião poderia oferecer. Eis que na costa somente algumas algas, caranguejos, ondas quebrando como que se dissesse que as lagostas não viriam dessa vez. Quatro dias se passaram e nada, não comeu do banquete, não comeu nem aquela lagosta solitária que não se sabe o porquê quis por traquinagem do destino frustrar o momento do pobre solitário.
Mas só um momento!! Pobre solitário? Morando em um lugar paradisíaco, com saúde de sobra, comida em abundância, com seus momentos de reflexão nos mais belos lugares daquele lugar, e choramingando por uma lagosta? Não... Ele não faria isso... Esperou os dias por conta da esperança de um momento ainda melhor, mas não que a falta desse fosse interferir no rumo e nas vibrações deste, que fez do lugar e o lugar o fez, ambos, especiais.
E assim é a vida... Não dependa da rotina das lagostas, faça da sua rotina e do seu contexto o seu banquete, isso sim vai saciar sua fome e alimentar de fato o que precisa de alimentação: o seu Eu interior. Alimente-o e faça da digestão desse alimento seu aprimoramento, pois o medo de se frustrar e a própria frustração se não bem assimiladas e entendidas, servem de frenagem na sua evolução.
Agora se me dão licença, preciso fazer meu processo de fotossíntese, depois beber das águas do saber, e me alimentar de tudo que me faz melhor do que já sou!!

Um comentário:

  1. Nossa já faz 1 ano,parabens e obrigado por suas palavras e escritas me ajudaram a encontrar o que estava perdido dentro de mim..bjoss

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