Faça seu melhor independente do grau de importância do que se tem a fazer.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Colecionador de momentos

Nasceu e com o tempo virou o que dá nome a obra. Morou na terra que ele mesmo fez questão de criar. Tinha vizinhos que se pareciam muito, e outros nem tanto, mas a todos tratava da mesma forma. Com certeza sabe que não agrada a todos, mas que muitos perdem por julgá-lo sem nem ter o prazer de com ele trocar sentenças. Uma humildade arrogante, um semblante variante entre o fechado e o aberto, entre o risonho e o tímido, entre o jovial e o senil. Quer um dia ter o que todos também deveriam buscar. Entende que a vida vai julgar se é merecedor ou não de tais conquistas, mas faz sua parte e não fica sentado pensando se é justo ou injusto o que recebe em troca. Cada segundo não volta mais e por isso a preciosidade. Nessa linha de pensamento vai levando sua vida. Tem a filosofia de plantar o bem para colher e evoluir na mesma proporção do seu semear. Não passa de mais um entre os bilhões de seres da mesma espécie e com as mesmas capacidades, mas se destaca pelo modo feliz de levar sua existência. Queria contaminar a todos com essa vibração, mas por momentos se vê impotente tamanha é a inconstância da grande maioria. Já tem na sua bagagem coisas para contar para as próximas gerações. Já aprontou, já errou, já pecou, já se arrependeu, já aprendeu, e o mais importante: EVOLUIU e continua evoluindo. Hoje mora na terra que acha por bem morar, não mais naquela onde criou e por vezes se isolou, mas na que têm contato com todos e assim aprende e tenta ensinar ao mesmo tempo. Viu que uma andorinha não faz verão, mas que fazer um dia de sol já pode ser o bastante. É uma metamorfose humano-espiritual, na proporção da sua existência. Hoje escreve aqui feliz por não só existir, mas por viver, crescer, e evoluir numa escala muito maior que muitos, porém ainda menor que uma minoria. Pela idade que têm se mostra capaz de muito, mostra que idade não é sinônimo de sabedoria, que medo não quer dizer incapacidade, que ser sincero não quer dizer ter que dizer tudo que pensa, que para ser pai não precisa conceber uma criança, que para ser amigo precisa estar junto ou se ver toda semana, que para amar é preciso ter alguém,...
Como todo colecionador que se preze, cuida da sua coleção como cuida de si próprio, e como nesse caso sua coleção se faz de momentos, vai preenchendo seu álbum das mais diversas figuras, troca algumas, e crê que até seus últimos momentos vai encontrar novidades para sua coleção. Seja um colecionador você também. A figurinha que você não gostar você pode trocar, ou aprender com elas, mas não rasgue, nem jogue fora nenhuma, pois alguém pode não ter em seu álbum!!

terça-feira, 19 de abril de 2011

QUIETINHO…

A todas aqui eu me refiro,
Crespo, liso ou ondulado,
Nenhuma eu prefiro,
Mas todas já quis ao meu lado.

Incoerentes, certinhas, apaixonadas,
Com frustrações ou traumas,
A vida cruzou nossas estradas,
E o universo uniu nossas almas.

Agradeço a cada uma pela participação,
Desculpo-me por evoluir demais após o fim,
Mas o que me move é a superação,
E hoje vivo em busca do melhor para mim.

Aprendi que o amor por vocês superou o amor próprio,
Entendi que isso me fez perder o encanto,
Hoje isso me é óbvio,
E por isso amo-me quietinho no meu canto.

terça-feira, 12 de abril de 2011

TIC TAC…

           Atire a primeira pedra no relógio quem nunca disse que está velho pra isso ou aquilo, ou que já é tarde demais ou já está velho demais pra fazer qualquer coisa. Faço uma pergunta simples e direta a quem concordou com as afirmativas anteriores: Quem ou que tipo de relógio você tem? Por acaso ajustou com o relógio da vida??
            Muitos jovens fazem planos, constroem ideais, vivem a sombra do amanhã, do ontem, mas esquecem que o hoje é o reflexo do que já aconteceu e vai acontecer futuramente. E isso sabe aonde?? Na escala temporal da sua vida evolutiva.
            Pecamos quando pensamos que depois de alguns longos anos de relacionamento uma vida foi por água abaixo, a final duas vidas se uniram pelo tempo suficiente para marcarem seus espaços, escreverem nesse livro que só o Grande sabe o número de páginas e quando termina. No relógio da vida minutos podem ser anos e anos minutos, tudo depende de como os acontecimentos forem distribuídos e plantados ao longo do tempo. Estudar aos 40, 60... Casar aos 90,100... Quem disse que é tarde?? Se foi a Vida, ok... Mas caso tenha sido algum mero mortal, desconsidere, pois este está mais do que perdido na ampulheta que rege o universo. Viva e construa cada segundo como se fossem anos, pois seus anos podem ser segundos.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Que mal têm??!!!

             Me pego pensando por vezes no questionamento que intitula a obra. Penso, reflito, converso, debato, mas não consigo entender o porquê da humanidade ter problemas em lidar com o sincero. Aí alguns podem me questionar, que tipo de sinceridade falas? É mesmo sinceridade ou precipitação? Por que expressar tanto coisas que para alguns devem ser manipuladas com o passar do tempo? Gostaria de entender onde a sinceridade erra e espanta.
                Vou explanar aqui uma situação e quem quiser, fique a vontade para me dizer o que acha, ok?! Se eu (homem ou mulher) me envolvo com alguém, gosto desse envolvimento, sinto que é recíproco (e nesse sentir suponha que estou certo), porque não posso abrir o jogo? Por que devo manipular as situações como num tabuleiro de xadrez para não perder esse alguém? Por que essa pessoa se espanta ao ver que tem alguém sentindo e demonstrando algo puro e verdadeiro que pode vir a ser algo grandioso e pleno (amor)? Que necessidade de insegurança é essa capaz de cultivar o que esses pobres entendem como amor? Se o amor é entregar-se por completo e dar sem pensar em receber, ser um com o outro no mais amplo sentido, por que devo manipular, esconder, maquiar algo que não tem sentido ambíguo em nenhuma das suas camadas?
A essas alturas você deve estar pensando “pronto... o Anderson se declarou pra alguém e esse alguém correu!!”, mas não é nada disso. Estou apenas filosofando, claro que embasado em algo que já aconteceu, mas não só. Estou me referindo a essa questão que é tão latente que faz desse “jogo” algo que a mim, particularmente se torna algo desgastante e calculista, pois, se deixado levar pela simples força dos acontecimentos, é fadado ao fracasso. Ou não?? Será?? Quem sabe??!!