Faça seu melhor independente do grau de importância do que se tem a fazer.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Efeito Mariposa


A história que vou contar narra a história de um ser humano com um dom incomum: o de voltar no tempo! . Vamos chama-lo de John. Nosso personagem descobriu esse dom logo após sua adolescência. Loucamente apaixonado por Liza ele tem uma grave discussão por um motivo banal, fútil e ela termina com ele. Sem saber o que fazer. Perdido, sofrendo aquela dor que nenhum remédio cura, a dor do amor, ele se vê sozinho em seu quarto e em meio a uma concentração absurda que veio quase como que sem querer, ele então consegue voltar no tempo e se depara com a mesma situação, minutos antes da discussão ter início. John então muda o tom, a convida para sair, os dois brincam, jantam, comentam sobre uma moça chorando sozinha na mesa ao lado, mas têm uma excelente noite. Então ele percebe que conseguiu alterar seu passado!
Alguns anos de passam e John e Liza noivam. Dias antes do casamento Liza descobre uma traição de John. Inconformada ela o chama no apartamento que compraram, e mostra todos os detalhes que juntos eles tinham escolhido com tanto apreço, ele sem entender pergunta o porquê de tal demonstração assim com uma expressão tão carregada? Ela responde: Porque você acabou de jogar tudo isso fora quando me traiu, John! Ele desesperado tenta justificar, argumenta, pede perdão, mas não adianta. Ela põe fim a relação mais uma vez.
Na solidão do apartamento vazio, John chora copiosamente a dias, quando não mais que de repente, ele se lembra do que conseguiu anos atrás. Nosso personagem se concentra novamente e como que por milagre ele volta ao dia da traição e não trai Liza, muito pelo contrário, a convida para terem uma linda noite de amor, em um motel deslumbrante, enquanto no quarto ao lado ouvem lamúrias, soluços de alguém que chora sem parar, mas John novamente consegue remediar a situação e corrigir sua segunda falha.
                Agora casados John e Liza têm uma família linda. Filhos, cachorros, aquele tipo de família que só se vê em filmes norte-americanos. E como em um desses filmes um acidente trágico tira a vida de Liza e de seus dois filhos. John vive por milagre, pois o estado em que ficou o automóvel não deixaria ninguém acreditar que alguém sobreviveria. Retomada a consciência ele não quer acreditar que algo de tão precioso, dele foi tirado assim tão repentinamente e tão brutalmente. Sem pestanejar John se concentra e mais uma vez volta no tempo e ao invés de seguir viagem, para em um hotel fazenda luxuoso antes do trecho do acidente e passa ali três dias com a família. Quando segue viagem o acidente não acontece, mas naquele pedaço do ocorrido um carro parado com uma mulher debruçada ao volante chama à atenção da família, mas John por medo segue a diante.
                Sete anos se passam e em um dia de chuvas torrenciais um raio atinge a casa de John. Toda a família do nosso personagem, mais uma vez é dizimada. Ele com perda de uma das pernas, e com parte de suas faculdades mentais comprometidas, sobrevive. Entendendo o que está a passar, ele imediatamente tenta se concentrar para fazer o que já tinha feito, mas percebe que não consegue. Dessa vez o efeito do raio afetou a parte do cérebro de John que era capaz de transportá-lo no tempo. John se vê pela primeira vez como incapaz de mudar o ocorrido. Chora, grita, tenta entender o porquê, mas nada o faz aceitar. Eis que na cama ao lado uma moça está a falecer pelo mesmo raio que atingiu a casa de John. Era sua vizinha, da casa ao lado, aquela que John nunca nem olhou na cara. Ela em seu leito de morte, recém rabiscara um bilhete endereçado ao vizinho. No bilhete as seguintes palavras: “Lembra a primeira vez que você alterou seu futuro, mudando seu passado, lá no restaurante, onde uma moça chorava na mesa ao lado? Lembra quando você fez a mesma coisa se hospedando em um hotel por três dias e ao fim da hospedagem no trecho do acidente você e sua família perceberam uma moça com a cabeça debruçada ao volante? Essa moça era eu, a mulher da sua vida, seu verdadeiro amor, quem seria a mãe dos seus filhos, aquela que você seria feliz e morreria de velho ao lado! Mas ao não enfrentar seu término lá da primeira vez, você não foi ao meu encontro no restaurante que nos conheceríamos. Mesmo assim o destino me colocaria novamente em seu caminho! Naquele acidente onde sua família faleceu, eu que salvei sua vida, chamando os bombeiros e te acompanhando até o hospital, mas ao mudar seu destino pela segunda vez, eu sem saber, fiquei ali pensando o que eu deveria fazer naquele lugar? Se nem ao certo eu sabia aonde iria! Por fim pela terceira vez o destino me colocou em seu caminho. Fui sua vizinha por anos e nem sequer me olhou nos olhos! Vi sua mulher te trair inúmeras vezes com seu melhor amigo, com seu chefe, e você nem para me olhar! Agora eu estou aqui, morta ao seu lado. E você sem a chance de agora sim, salvar o amor da sua vida! Com amor Mary!”
                Não se apegue a pensar “se eu tivesse feito diferente”. Se apegue ao que você pode aprender com o que fez, mesmo que tenha sido errado, pois só com esses erros e com os propósitos que os acompanham, é que você vai ser capaz de evoluir o bastante para cumprir suas missões nessa passagem. Não seja como John, que esqueceu o presente, não deu a mínima para o futuro e só prestou atenção aos detalhes do passado para poder alterar se preciso fosse. Viva seu presente, aprendendo para que quando o amanhã se fizer presente você esteja preparado para não ser vítima de um falho passado.

Um comentário:

  1. Oie... Bom agora que descobrimos mais uma coisa em comum: escrver...Acho que vou sempre dar uma passadinha por aqui oks?! ... Simplismente LINDO o que você postou! A gente sempre ouve a msm frase, mas não damos a devida atenção: Deus escreve certo por linhas tortas!... Pena que as vezes a gente não consegue dar a devida atenção nas coisas que realmente importam, mas acho que td isso tem um propósito. Podemos não entender agora, mas um dia vamos agradeçer à Ele por td!! Boa Noite Ander!!!

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