Quem nunca errou? Como você encara seus erros? Como eles afetam as
pessoas ao seu redor e como suas atitudes pós-erro consertam, estragam ainda
mais, ou é indiferente à pisada na bola que você acabou de cometer? Penso que o
erro em si não é um problema, mas sim a forma como alguns dos nossos o encaram,
se é que o encaram. Enfrentar suas gafes, seus deslizes nem sempre é bem visto
por quem tanto quer acertar, por quem tanto repudia a falha, ou também por quem
zela pela sua aceitabilidade frente aos outros e principalmente frente a sua
consciência.
Às vezes conseguimos entender o erro do outro por “ter a capacidade”
de nos colocarmos no lugar do outro... Que lindo isso! Mas e quando tem que se
colocar em seu próprio lugar e ver de dentro para fora a burrada que fez? Para
onde vai aquela “capacidade” hein? Por vezes assumimos os erros, chegamos a
conversar a respeito, transparecendo um falso reconhecimento daquilo que para
nós “nem foi tão grave”, ou “nem foi um erro”, aí a “capacidade” é posta em
xeque. Os erros são nada mais na da menos, que os exercícios que são passados
para nós na escola da vida e que são inerentes ao nosso desenvolvimento, pois
aprender com o acerto tende a ser um tanto superficial se comparado à
profundidade do “aprendizado errôneo”.
Uma coisa que eu admiro e tento fazer presente sempre na minha
personalidade é a humildade para pedir perdão quando necessário, pedir uma
segunda chance se preciso for e se merecedor eu me fizer, e também o discernimento
para errar diferente, pois errar todos vão, mas errar os mesmos erros é como
derrapar na lama da invalidez evolutiva. Claro que quero acertar mais do que
errar, mas são meus erros que me fizeram chegar aonde cheguei mental e
espiritualmente, seja os erros desta ou daquela passagem, mas tudo me fez
crescer e cicatrizar em mim as marcas das provas constantes que a vida me
impõe. Hipocrisias a parte, e você? Já errou? Admitiu? Aprendeu? Nunca é tarde,
fica a dica!